A calculadora do cidadão é um calculadora digital disponibilizada pelo Banco Central para analisar a evolução dos valores nominais ao longo do tempo de acordo com a taxa de inflação. Em tempos de inflação alta, esse tipo de "aplicativo" pode ser cada vez mais útil:
Os novos indicadores da inflação, especialmente o IPCA - Índice de Preços ao Consumidor Amplo, calculado pelo IBGE, mostram uma inflação acumulada em torno de 9%. O esperado é que a inflação termine o ano bem acima do teto da meta estipulado pelo próprio governo, de 6.5%. Também é cada vez menos provável que a inflação fique dentro da tolerância no ano que vem. A inflação parece que vai marcar mais um passo ao lado da história brasileira, e nós registramos esse momento histórico - e triste! - aqui no Museu da Inflação.
O descontrole dos gastos do governo é apontando como uma das causas do aumento da inflação nos últimos anos. O governo se compromete a poupar uma parte do que arrecada - o chamado superavit primário - para pagar juros, com o intuito de aumentar menos sua dívida. Para turbinar o gasto nos últimos anos, o governo recorreu às "pedaladas", artíficio para comprar fiado e pagar pelos gastos no futuro. Entenda melhor como elas funcionaram pelo infográfico do Estadão.
Vou iniciar uma série de posts sobre as causas da inflação em uma economia moderna, sobretudo a brasileira. Começarei falando sobre os gastos públicos, um componente importante da demanda agregada de um país que pode impactar fortemente a inflação.
O descontrole dos gastos públicos é umas das causas da aceleração da inflação. Infelizmente, o superávit primário - igual à arrecadação menos gastos primários do governo - desse ano não será de 1.2% do PIB como anunciado pelo governo. Em parte porque devido às "pedaladas" dos anos passados, foram repassados para esse ano gastos executados anteriormente. A crise econômica também está reduzindo a arrecadação tributária.
O governo precisa fornecer uma meta de superávit que os agentes dos mercados - bancos, empresários e consultores da área - acreditem. Por um lado, manter a meta atual retira a credibilidade do governo, por outro, reduzir demais a meta também pode indicar falta de compromisso do governo em fazer uma economia forte dos gastos.
O jornal Folha de S. Paulo informou que o governo estuda agora adotar um regime de bandas para a meta fiscal, parecido com o que ocorre com a meta de inflação, mas no caso dos gastos, medidas deveriam ser tomadas em caso de descomprimento. A ideia é boa, resta saber como será implementada
A inflação oficial, medida pelo ÍndiceNacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), do mês de junho apresentou variação de 0,79% acelerando em relação a maio (0,74%). No acumulado dos últimos 12 meses o indicador atingiu 8,89%, mais do que ...
Foi da porta de casa para dentro que a alta dos preços mais impactou o índice oficial de inflação. O principal vilão foi a energia elétrica. A conta de luz foi nas alturas com alta acumulada de 42,03%. Em segundo lugar ficou a alimentação com alta ...
No mesmo dia em que o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que a inflaçãooficial, medida pelo IPCA, somou 8,47% em doze meses até maio, o maior patamar desde 2003, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, declarou, em ...
O Banco Central tem plena confiança na possibilidade de levar a inflaçãopara o centro da meta de 4,5% no final do próximo ano, afirmou nesta sexta-feira (12) o diretor de Assuntos Internacionais do BC, Tony Volpon, acrescentando que a postergação do ...
Difícil encontrar um alimento que não tenha encarecido bastante no último ano, bem mais do que a taxa de inflação básica, o IPCA. O tomate já deixou de ser o vilão a muito tempo. Brincaram que era só o tomate, mas daqui pouco não compramos nem mais tempero, quiçá a carne! Depois de um longo período de alta no preço, agora é o preço da cebola que dispara!
Em maio, o IPCA (Índice Nacional dePreços ao Consumidor Amplo) apresentou variação de 0,74%. Nos últimos 12 meses, o índice atingiu 8,47%, mais do que nos 12 meses anteriores, quando fechou em 8,17% e bem acima do teto da meta de inflação do ...
O Índice de Preços ao Consumidor de Curitiba (IPC), calculado pelo Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (IPARDES), para maio foi de 1,47%, configurando o maior resultado para o período desde 1999, quando teve início a série ...
População terá até setembro para trocar o dinheiro, que já não era usado efetivamente a não ser como souvenir.
BBC
O governo do Zimbábue está tirando de circulação a moeda do país e introduzindo um novo sistema financeiro para lidar com a hiperinflação.
Moedas estrangeiras como o dólar americano e o rand (da África do Sul) já são usadas na maioria das transações do país desde 2009 - já que a moeda local entrou em colapso e foi descartada na prática, por conta da alta galopante de preços.
Dólares zimbabuanos não são usados efetivamente, exceto quando alguma nota é vendida como souvenir.
Mas, a partir de segunda-feira, a população vai poder começar a trocar valores de até 175 quadrilhões de dólares zimbabuanos (175.000.000.000.000.000) por US$ 5.
Quantias mais altas serão trocadas a uma cotação de 35 quadrilhões de dólares zimbabuanos para US$ 1.
"Não podemos ter dois sistemas com duas moedas diferentes. Temos que preservar a integridade do sistema de multimoedas ou a dolarização do Zimbábue", afirmou o chefe do Banco Central do país, John Mangudya.
Zimbabuanos têm até setembro para trocar a moeda local.
Carrinho de mão
Com a hiperinflação, os preços mudam várias vezes por dia, há escassez de alimentos e cenas inusitadas, como moradores levando o dinheiro ao banco com carrinhos de mão, são corriqueiras.
Um zimbabuano disse à agência Associated Press que costuma usar as notas locais como adubo.
Outras moedas começaram a ser usadas com frequência no país em 2009. No ano anterior, a inflação anual havia chegado a 231.000.000% ao ano, salários e aposentadorias não valiam nada, a maior parte das escolas e hospitais fechou e ao menos oito em dez pessoas estavam desempregadas.
A nota mais alta era a de 100 trilhões de dólares zimbabuanos.
Neste momento, a política de aumento da taxa básica e juros (Selic) é um remédio necessário para que a taxa de inflação convirja para o centro da meta (4,5%), disse nesta segunda-feira 01, o ministro do Planejamento, Nelson Barbosa
Pela sétima semana consecutiva, os analistas ouvidos pelo Banco Central para o Relatório de Mercado Focus elevaram a previsão para o IPCA deste ano. A expectativa é que o índice oficial de inflação encerre 2015 em 8,39%, contra 8,37% da semana ...
Essa alta generalizada dos preços é chamada de inflação. Neste ano, até abril, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), indicador oficial de inflação do País, atingiu 8,17% no acumulado em 12 meses, bem acima do teto da meta do Banco ...
"A atual metodologia mantém a decomposição da taxa
de inflação em seis componentes: (i) variação cambial;
(ii) inércia associada à parcela da inflação que excedeu
a meta; (iii) diferença entre expectativas de inflação
dos agentes e meta; (iv) choque de oferta3
; (v) inflação
de preços livres, excluídos os efeitos dos quatro itens
anteriores; e (vi) inflação de preços administrados por
contratos e monitorados, retirando-se os efeitos do
item “(ii)”. Vale ressaltar que essas estimativas são
aproximações construídas com base em modelos e,
portanto, estão sujeitas a incertezas inerentes ao processo
de modelagem."
2. Em janeiro, a previsão para a inflação do ano, expressa na Carta de Intenções enviada pelo governo ao Fundo Monetário Internacional (FMI), era de 120%
3. Em novembro, ao saber que a inflação oficial chegaria perto de 15% ao mês, o governo decidiu trocar o indicador. Encerrou a parceria de quarenta anos com a FGV, responsável pelo cálculo do IGP, que media a inflação oficial, e passou a usar o INPC, calculado pelo IBGE, provocando acusações de manipulação por parte dos analistas
4. Como acontece hoje, uma corrente de economistas apoiava a realização de cortes radicais nos gastos públicos, para conter a inflação. Outra defendia a ideia de que era possível combater a inflação sem comprometer o crescimento econômico. Acabou prevalecendo a segunda corrente – e o Brasil mergulhou na hiperinflação, que só foi controlada em 1994, com a implantação do Plano Real
5. A Casa da Moeda cunhou as moedas de Cr$ 100, Cr$ 200 e Cr$ 500.
A inflação calculada pelo IGP-M apresentou redução no mês de maio na comparação com o mês de abril, passando de 1,17% para 0,41%. A queda no índice se verificou tanto nainflação no atacado, medido pelo IPA (Índice de Preços ao Produtor Amplo, ..
Ministro não quer reajuste de servidores atrelado à inflação
'Estamos trabalhando para desindexar a economia', diz Nelson Barbosa. Ele também falou sobre concursados da Anvisa e do Banco Central.
Alexandro Martello
Do G1, em Brasília
O ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão, Nelson Barbosa, afirmou nesta quarta-feira (27) que a política do governo federal não é proporcionar reajuste de salário para os servidores públicos indexado à variação da inflação. As conversas com representantes de mais de 40 categorias de servidores públicos começaram em março.
Nelson Barbosa, em imagem de arquivo (Foto: GloboNews)
"Estamos trabalhando para desindexar a economia. Queremos fazer uma proposta [para os servidores públicos] até o fim de junho e fechar acordo até o fim de julho para colocar no orçamento", declarou o ministro durante audiência pública na Comissão Mista de Orçamento (CMO) do Congresso Nacional. A proposta de orçamento de 2016 tem de ser enviada ao Congresso em agosto.
O último aumento anunciado pelo governo federal para a maior parte das categorias de servidores públicos foi em 2012, com vigência entre 2013 e 2015. O percentual foi de 15,8% a sete carreiras do funcionalismo público do Executivo federal, parcelado em três parcelas, até 2015. Mais de 1,6 milhão de servidores foram contemplados com este reajuste.
Em março, o Unacon Sindical, falando em nome do Fórum de Servidores, que reúne 32 categorias, abrangendo 90% dos servidores federais, pediu um aumento de 27,3% para o ano de 2016 - percentual relativo à variação do IPCA (inflação oficial do país) acumulado de julho de 2010 a agosto de 2016, acrescidos de 2% de ganho real e descontados os 15,8% concedidos em 2012. Em março, Nelson Barbosa já havia informado que não seria possível atender atender a essa proposta dos servidores.
'Inflação do aluguel' perde força em maio e sobe 4,11% em 12 meses
Variação do IGP-M passou de 1,17% para 0,41%, segundo a FGV. Preços no atacado e no varejo também desaceleraram.
Do G1, em São Paulo
O Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M), conhecido como a "inflação do aluguel", porque é usado para reajustar a maioria dos contratos imobiliários, perdeu força de abril para maio, passando de 1,17% para 0,41%. No ano, o indicador acumula alta de 3,64% e, em 12 meses, de 4,11%, segundo informou nesta quinta-feira (28) a Fundação Getulio Vargas (FGV).
O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), usado do cálculo do IGP-M e também chamado de inflação do atacado, desacelerou de 1,41% para 0,30%.
Também utilizado para calcular o IGP-M, a inflação do varejo (Índice de Preços ao Consumidor) registrou variação de 0,68% em maio, ante 0,75%, em abril, com maior influência do comportamento dos preços relativos a habitação (de 1,42% para 0,75%).
As previsões do mercado financeiro para o comportamento da inflação e do nível de atividade da economia brasileira neste ano nova registraram piora na semana passada.
A estimativa de inflação dos analistas dos bancos para este ano, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo, passou de 8,31% para 8,37%. Com isso, registrou a sexta semana consecutiva de aumento. Já a expectativa para o PIB passou de um recuo de 1,2% para uma queda de 1,24%.
PREVISÕES PARA O IPCA 2015
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Fonte: BCB
Se confirmada, a inflação de 2015 atingirá o maior patamar desde 2003, quando ficou em 9,3%. Para 2016, a previsão dos economistas para o IPCA ficou estável em 5,50% na última semana. Os dados fazem parte do boletim Focus, uma pesquisa conduzida pelo Banco Central com mais de 100 instituições financeiras no período, e divulgada nesta segunda-feira (25).
A expectativa oficial do governo para a inflação deste ano, divulgada no decreto de programação financeira, está em 8,26%. A equipe econômica informou, na ocasião, que está utilizando as previsões do mercado financeiro em seus documentos.
Segundo economistas, a alta do dólar e dos preços administrados (como telefonia, água, energia, combustíveis e tarifas de ônibus, entre outros) pressiona os preços em 2015. Além disso, a inflação de serviços, impulsionada pelos ganhos reais de salários, segue elevada.
Pelo sistema que vigora no Brasil, a meta central para 2015 e 2016 é de 4,5%, mas, com o intervalo de tolerância existente, o IPCA pode oscilar entre 2,5% e 6,5%, sem que a meta seja formalmente descumprida. Com isso, a inflação deverá superar o teto do sistema de metas em 2015, algo que não acontece desde 2003.
PREVISÕES PARA O PIB 2015
Em %
Fonte: BCB
Produto Interno Bruto
Para o comportamento do PIB neste ano, os economistas do mercado financeiro baixaram sua previsão, na semana passada, para uma retração de 1,24%. Se confirmado, será o pior resultado em 25 anos, ou seja, desde 1990 – quando foi registrada uma queda de 4,35%. Até então, a estimativa era de um recuo de 1,2%.
O PIB é a soma de todos os bens e serviços feitos em território brasileiro, independentemente da nacionalidade de quem os produz, e serve para medir o comportamento da economia brasileira. Para 2016, o mercado manteve sua previsão de alta do PIB em 1%.
No fim de março, o IBGE informou que a economia brasileira cresceu 0,1% em 2014. Em valores correntes (em reais), a soma das riquezas produzidas no ano passado chegou a R$ 5,52 trilhões, e o PIB per capita (por pessoa) caiu a R$ 27.229. Esse é o pior resultado desde 2009, ano da crise internacional, quando a economia recuou 0,2%.